quinta-feira, 28 de abril de 2011



EPÍSTOLAS PAULINAS

Unidade III: Gálatas e Epístolas da Prisão.
Professor, Especialista Nilton Carvalho.

PARTE I: A EPÍSTOLA DE PAULO AOS GÁLATAS


1.1.AUTORIA, DATA, LOCAL E ALGUNS OUTROS DADOS:

·         Desde as primeiras referências a autoria paulina foi atestada e aceita e até mesmo entre os críticos mais contumazes da Escola de Tubingen[1], há fortes evidências internas e amplas evidências externas que corroboram com a autoria paulina desta epístola:
I.                   Evidência Interna (HALE, 2001)
 O nome de Paulo aparece logo na saudação (1.1) e retorna novamente quase ao final (5.2). Os dois primeiros capítulos são autobiográficos; os temas do terceiro capítulo (3.1-6,15) foram colocados na primeira pessoa do singular; os apelos do quarto capítulo se referem diretamente às relações existentes entre os primeiros leitores e o seu escritor (4.11, 12-20); a intensidade do testemunho de Paulo surge no quinto capítulo (5.2,3); e a conclusão da carta trás uma alusão aos sofrimentos do autor por amor a Cristo (6.17); As pessoas mencionadas na epístola: Cefas, Tiago, João, Barnabé e Tito; os lugares indicados: Damasco, Arábia, Jerusalém, Síria, Cilícia, Antioquia e Galácia; a atividade missionária realizada: evangelização dos gentios – aponta indiscutivelmente, para uma única pessoa – o apóstolo Paulo;
II.                Evidência Externa (HALE, 2001; GUNDRY 1999)
A primeira referência da autoria paulina de Gálatas encontra-se no esforço de Marcião[2] em estabelecer um cânon do Novo Testamento (144 d.C.). Ele inclui Gálatas entre os escritos que considerava inspirados. Encontra-se a próxima referência no chamado Cânon de Muratóri[3] (185 d.C.). É também, citada por Inácio e Policarpo de uma geração anterior, e parece ter sido usado por mestres contemporâneos gnósticos. As traduções antigas em latim, siríaco e as traduções egípcias a colocam juntamente com as demais epistolas paulinas. Ela faz parte integrante do cânon do Novo Testamento em Irineu, Clemente de Alexandria e Tertuliano no final deste período. Nenhuma suspeita quanto à autoria, a integridade e/ou a autoridade apostólica da Epístola aos Gálatas é encontrada desde os primeiros séculos;
III.             DATA, AUTOR E LOCAL – Antes de sua Segunda Viagem Missionária, estando Paulo em Antioquia da Síria, escreve aos Gálatas em 49/50 d. C., o que é defendido pela teoria da Galácia do Sul (HALE, 2001, pág. 258);
TEXTO CHAVE – 5.1:Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão’ (Almeida Corrigida e Revisada Fiel);
TEMA – A justificação pela fé sem as obras da lei;
1.2.A IGREJA NA GALÁCIA SEGUNDO HALE 2001, (ÁSIA MENOR):
A Galácia era uma região da Ásia Menor. Para localizarmos melhor, vamos diferenciar Ásia de Ásia Menor. A Ásia é um continente que inclui diversos países: Rússia, Índia, países do Oriente Médio, países do Extremo Oriente, etc. A Ásia Menor, por sua vez, corresponde a território bem menor, que hoje é ocupado pela Turquia.
a)      A GALÁCIA
O nome Galácia é derivado de gaulês. Os gauleses eram originários da Gália, (França hoje), que dominaram a região centro-norte da Ásia Menor, por volta do ano 300 a.C. Em 189 a.C., esse território foi conquistado pelos romanos. Em 25 a.C., Roma estabeleceu ali uma província que manteve o nome de Galácia. Contudo, seus limites eram maiores que a região original. Assim, ao norte havia os gálatas étnicos. Ao sul havia outros grupos que faziam parte da província, mas que não tinham a mesma origem genealógica gaulesa. Por essas questões, quando o Novo Testamento menciona os gálatas, existe dificuldade em se determinar se os autores se referem a todo o povo da província ou apenas ao grupo étnico descendente dos gauleses. A qual grupo o apóstolo Paulo teria escrito?
b)     AS IGREJAS DA GALÁCIA
I.                   Enquanto que as epístolas aos coríntios eram destinadas a uma igreja específica, a carta aos gálatas destina-se a várias igrejas, acerca das quais não se tem muitas informações específicas. Sabe-se que, entre tantas cidades localizadas na província da Galácia, Paulo e Barnabé fundaram igrejas em Antioquia da Psídia, Icônio, Listra e Derbe, durante sua Primeira Viagem Missionária (At 13:14). Região conhecida como Galácia do Sul ou província política romana, conforme a Teoria da Galácia do Sul. 
II.                Ao Norte ficava a província étnica, ou área mais antiga, formada por antigos gauleses (franceses) com suas cidades Anciara, Pessino e Trevio (At 16: 6 e 18: 23) era a região da frígio-gálata lugares visitados por Paulo conforme a Teoria da Galácia do Norte na Terceira Viagem Missionária.
III.             Conclui-se, então, que conforme Hale (2001), a evidência de que Paulo escreve esta carta á Galácia do Sul é a mais convincente e aceita no meio teológico.
c)      MOTIVO DA CARTA
I.                   Os judeus estavam presentes em todo o Império Romano, principalmente nas cidades mais importantes. Muitos deles se converteram ao cristianismo e, dentre os convertidos, havia aqueles que queriam impor a lei mosaica sobre os cristãos gentios. São eles os "judaizantes", judeus cristãos que, com a ajuda de judeus crentes e descrentes lutaram contra o evangelho e a mensagem de Paulo sobre a compreensão do evangelho (HALE, 2001). Assim como os fariseus e saduceus perseguiram Jesus durante o período mencionado pelos evangelhos, os judaizantes pareciam estar sempre acompanhando os passos de Paulo a fim de influenciar as igrejas por ele estabelecidas. Essa questão entre judaísmo e cristianismo percorre o Novo Testamento, tornando-se até um elemento que testifica a favor da unicidade e autenticidade histórica dessas escrituras.
II.                Os judaizantes estavam também na Galácia, onde se tornaram fortes ameaças contra a sã doutrina das igrejas. A carta se torna necessária devido o ataque dos judaizantes contra Paulo e o evangelho. Aqueles judeus davam a entender que o evangelho estava incompleto. Para conseguirem uma influência maior sobre as igrejas, eles procuravam minar a autoridade de Paulo. Para isso, atacavam a legitimidade do seu apostolado, como tinham feito em Corinto. Pelas palavras de Paulo, deduz-se que os argumentos de seus acusadores não admitiam que ele pudesse ser apóstolo já que não era um dos 12 nem tinha andado com Jesus, Paulo os chama de “pervertedores do evangelho” (vide, HALE, 2001; pág. 251/2).
d)      O EVANGELHO JUDAIZANTE
Os judaizantes chegavam às igrejas com os princípios da Lei mosaica “nas mãos”. Isso se apresentava como um grande impacto para os cristãos. O próprio Paulo ensinava a valorização das Sagradas Escrituras. Como responder a um judeu que mostrava no Antigo Pacto a obrigatoriedade da circuncisão e da obediência à lei? Além disso, apresentava-se Abraão como o modelo para os servos de Deus. Só a revelação e a experiência com Deus poderiam vencer esse desafio, o conhecimento não seria suficiente. Os judaizantes ensinavam que a salvação dependia também da lei, principalmente da circuncisão. Segundo eles, para ser cristão, a pessoa precisava antes ser judeu; não por descendência, mas por religião, na verdade prosélito judeu. Veja na página 251 (HALE, 2001) segundo parágrafo as respostas de Paulo sobre estes assuntos acima.
·         Posição paulina em Gálatas sobre a Lei mosaica segundo Hale (2001):
1o – A lei de Moisés foi dada aos filhos de Israel (Êx 19:3,6). Os cristãos gentios, não são filhos de Israel;
2o – Jesus cumpriu a lei cerimonial. Tal cumprimento significa não apenas sua obediência, mas a satisfação das exigências da lei cerimonial através da obra de Cristo.
Os gálatas precisavam entender que os mandamentos da lei mosaica se dividem em vários tipos, basicamente são morais, civis e cerimoniais.
I.                   Os mandamentos morais dizem respeito ao tratamento para com o próximo: Não matarás; Não adulterarás; Não furtarás etc. Tais ordenanças estão vinculadas à palavra amor.
II.                Os mandamentos civis são aqueles que regulamentavam a vida social do israelita. São regras diversas que se aplicam às relações da sociedade.
III.             Os mandamentos cerimoniais são aqueles que se referem estritamente às questões religiosas. São as ordenanças que descrevem os rituais judaicos.

e)      Esboço da Carta aos Gálatas
I. Introdução 1.1-10
Saudação 1.1-5
Deserção dos gálatas 1.6-7
Denúncia contras os judaizantes 1.8-9
Declaração da integridade de Paulo 1.10


II. Biografia: Paulo defende sua autoridade 1.11-2.21
A fonte de sua autoridade 1.11-24
O reconhecimento de sua autoridade 2.1-10
A manifestação de sua autoridade 2.11-21


III. Doutrina: Paulo defende seu evangelho 3.1-4.31
Com discussão 3.1-4.11
Por apelo 4.12-20
Por alegoria 4.21-31


IV. Prática: Paulo exorta os gálatas 5.1-6.10
Para usar adequadamente sua liberdade cristã 5.1-15
Para caminhar através do Espírito 5.16-26
Para carregar os fardos dos outros 6.1-10


V. Conclusão 6.11-18
Advertência contra os legalistas 6.11-13
Centralidade da cruz 6.14-16
Marcas de um apóstolo 6.17
Bênção 6.18

Fonte: Bíblia Plenitude


PARTE II: AS EPÍSTOLAS DA PRISÃO: EFÉSIOS, FILIPENSES, COLOSSENSES E FILEMOM. 

INTRODUÇÃO:
  • Estas cartas são conhecidas como Epístolas da Prisão por mencionarem cadeias e serem compostas dentro da prisão. Efésios, Colossenses e Filemom são da mesma época, já Filipenses não fora escrita ao mesmo tempo em que as três primeiras foram, mas foi também de uma prisão.
  • Paulo foi prisioneiro basicamente aceito pela tradição em Filipos, Jerusalém, Cesaréia e Roma, contudo conforma Hale (2001), escreveu estas cartas da prisão em Roma.
1.      EPÍSTOLA DE PAULO AOS EFÉSIOS
Autor: Paulo
Data: Cerca de 58/60 d.C.
1.1.Antecedentes e ocasião
Éfeso era um importante porto da Ásia Menor, localizado perto da atual Izmir. Tratava-se de uma das sete igrejas a quem Jesus endereçou suas cartas em Ap 2-3, um fato relevante para estudar esta epístola, uma vez que ela circulou originalmente para quase o mesmo grupo de igrejas. Embora Paulo já tivesse estado em Éfeso antes (At 18.21), ele foi ministrar lá pela primeira vez no inverno de 55 d.C. Lá ele ministrou por dois anos inteiros (At 19.8-10), desenvolvendo um relacionamento tão profundo com os efésios que sua mensagem de despedida a eles é uma das passagens mais emocionantes da Bíblia (At 20.17-38).
1.2.Local e Data
Enquanto estava preso em Roma mais ou menos em 58/60, Paulo escreveu Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Confinado e aguardando julgamento (Ef 3.1; 4.1; 6.20), o apóstolo escreve aos Éfesios que é carta encíclica[4] para ser lida por várias congregações. Efésios é provavelmente, a mesma carta mencionada em Cl 4.16 como estando presente em Laodicéia ao mesmo tempo em que circulava.
1.3.Conteúdo
A mensagem pulsante de Efésios é “para louvor de sua (Cristo) glória” (1.6,12,14). A palavra glória ocorre oito vezes e se refere à grande excelência de Deus, sua sabedoria e seu poder. O objetivo magnífico está na publicação do compromisso de Jesus de construir uma igreja gloriosa, madura e de um ministério “sem mácula, nem ruga” (5.27). Efésios revela o processo pelo qual Deus está trazendo a igreja para seu objetivo destinado em Cristo. Os passos básicos de amadurecimento são dados na direção do compromisso da igreja de lutar conta os poderes do mal:
I. Antes de a igreja ir para a guerra, ela deve andar;
II. Antes de andar, a igreja aprende onde ela está;
A carta divide-se em duas seções:
I. A oposição do crente, caps. 1-3
II.  A prática do crente caps. 4-6.
1.4.Cristo Revelado
A carta aos Efésios foi chamada de “Os Alpes do Novo Testamento”, “O grande Cânon da Escritura” e “O ápice real das Epístolas”, não somente por seu grande tema, mas devido à majestade do Cristo revelado aqui:
Cap. 1: Ele é o redentor (1.7), aquele em quem e por quem a história será definitivamente consumida (1.10); e ele é o Senhor ressuscitado que não apenas ressuscitou dos mortos e do inferno, mas que reina como Rei, derramando sua vida através de seu corpo, a igreja; a expressão atual dele mesmo na Terra (1.15-23); Cap. 2: Ele é o pacificador que reconciliou o homem com Deus e que também torna possível a reconciliação entre os homens (2.11-18); e ele é a “principal pedra da esquina” do novo templo, que consiste de seu próprio povo sendo habitado pelo próprio Deus (2.19-22);
Cap. 3: Ele é o tesouro em que são encontradas as riquezas inescrutáveis da vida (3.8); ele é o que habita nos corações humanos, garantindo-nos o amor de Deus (3.17-19); ele é o vencedor que acabou com a capacidade do inferno de manter a humanidade cativa (4.8-19);
Cap. 5: Ele é o marido modelo, dando-se sem egoísmo para realçar sua noiva— sua igreja (5.25-27, 32);
 Cap.6: Ele é o Senhor, poderoso na batalha, o recurso de força para seu povo enquanto eles se armam para a batalha espiritual (6.10);
1.5.O Espírito Santo em Ação
Como com Cristo, o Espírito Santo é revelado em um ministério bastante amplo e através do crente. Em 1.13, ele é o selador, autorizando o crente a representar Cristo; em 1.17 e 3.5, ele é o revelador, iluminando o coração para aprender o propósito de Deus; em 3.16, ele é o doador, a quem Cristo dá força; em 4.3, ele é o Espírito da unidade, desejando sustentar a ligação de paz no corpo de Cristo; em 4.30, ele é o Espírito de santidade, que pode se entristecer por insistência de ocupações carnais; em 5.18, ele é a fonte através da qual, todos devem ser continuamente cheios; em 6.17-18. Ele é que dá a Palavra como espada para uma batalha e o assistente celeste que nos foi concedido para nos ajudar a orar e a intervir até que obtenhamos a vitória.
1.6.Esboço de Efésios

Saudação de abertura 1.1-2
I. A posição do crente em Cristo 1.3-14
Bênçãos de total redenção 1.3-8
Parceria no propósito de Deus 1.9-14
II. A oração do apóstolo por discernimento 1.15-23
Para corações que vêem com esperança 1.15-23
Para a experiência que compartilha da vitória de Cristo 1.19-21
A igreja: o copo de Cristo 1.22-23
III. O passado, presente e futuro do crente 2.1-22
A ordem passada dos mortos que vivem 2.1-3
A nova ordem da vida amorosa de Deus 2.4-10
A antiga separação e falta de esperança 2.11-12
A nova união e paz atual 2.13-18
A Igreja: Edifício de Cristo 2.19-22
IV. O ministério e mensagem do apóstolo 3.1-13
O ministério concedido a Paulo 3.1-7
O ministério que é dado a cada crente 3.8-13
V. A oração de poder do Apóstolo 3.14-21
Por força através do ES 3.14-16
Por fé e amor através da habitação de Cristo 3.17-19
A igreja e glória de Deus 3.20-21
VI. A responsabilidade do crente 4.1-16
Para alcançar a unidade com diligência 4.1-6
Para aceitar a graça e dons com humildade 4.7-11
Para crescer no ministério como parte do corpo 4.12-16
VII. O chamado do crente para a pureza 4.17-5.14
Ao recusar a falta de inclinação mundana 4.17-19
Ao tirar o velho e colocar o novo 4.20-32
Ao Brilhar como filhos da luz 5.8-14
VIII. A vocação do crente para a vida cheia do Espírito 5.15-6.9
Buscar a vontade e sabedoria de Deus 5.15-17
Manter a plenitude do Espírito através de louvor e humildade 5.18-21
Conduzir todos os relacionamentos de acordo com a ordem de Deus 5.22-6.9
IX. A vocação do crente para a batalha espiritual 6.10-20
A realidade da batalha invisível 6.10-12
Armadura para o guerreiro 6.13-17
A Ação envolvida na batalha 6.18-20
Observações finais 6.21-24
Fonte: Bíblia Plenitude

2.      EPÍSTOLA DE PAULO AOS FILIPENSES

Autor: 
Paulo da prisão em Roma pelo final de seu encarceramento (HALE, 2001, pág. 289);
Data: Cerca de 60 d.C.
2.1.Antecedentes
At 16.12-40 registra a fundação da igreja de Filipo. Paulo estabeleceu a igreja durante sua segunda viagem, por volta de 51 d.C., desde o começo, a igreja apresentava um forte zelo missionário e era constante em seu apoio ao ministério de Paulo (Fp 4.15-16; 2Co 11.8-9). Paulo desfrutou de uma amizade mais próxima com os filipenses do que com qualquer outra igreja.
2.2.Ocasião e Data
É mas provável que Paulo tenha escrito esta carta durante sua primeira prisão romana, por volta de 60 d.C., para agradecê-los pela contribuição financeira que tinha recebido deles. Ele também elogiou calorosamente Epafrodito, que tinha trazido a doação de Filipos e quem Paulo estava enviando de volta.
2.3.Características
Em muitos aspectos, esta é a mais bela cara de Paulo, cheia de ternura, calor e afeição. Seu estilo é espontâneo, pessoal e informal, apresenta-nos um diário íntimo das próprias experiências espirituais de Paulo. A nota dominante por toda a carta é a alegria triunfante. Paulo, embora prisioneiro estava muito feliz, e invocava seus leitores para sempre regozijarem em Cristo. É uma carta ética e prática em sua ênfase e está centralizada em Jesus. Para Paulo, Cristo era mais do que um exemplo; ele era a própria vida do apóstolo.
2.4.Conteúdo
A mensagem permanente dos filipenses diz respeito à natureza e base de alegria cristã. Para Paulo, a verdadeira alegria não é uma emoção superficial que dependeu de circunstâncias favoráveis do momento. A alegria cristã é independente de condições externas, e é possível mesmo em meio a circunstâncias adversas, como sofrimento e perseguição. A Alegria definitiva surge da comunhão com Cristo ressuscitado e glorificado.
Por toda a carta, Paulo fala da alegria do Senhor, enfatizando que somente através de Cristo se alcança a alegria, como ocorre com todas as outras graças cristãs. Essencial para essa alegria é a convicção confiante de autoridade de Cristo, baseada na experiência do poder de sua ressurreição. Devido essa convicção, a vida de Paulo ganhou sentido. Mesmo a morte tornou-se uma amiga, pois o levaria a uma maior experiência da presença de Cristo (1.21-23).  
A alegria apresentada em filipenses envolve uma expectativa ávida da volta eminente de Cristo. O fato de essa expectativa ser dominante no pensamento de Paulo é vista em suas cinco referências à volta de Cristo. No contexto de cada referência há uma nota de alegria (1.6,10; 2.16; 3.20; 4.5). Paulo também descreve uma alegria que surge da comunhão na propagação do evangelho. Ele começa a carta agradecendo aos filipenses por sua parceria na propagação do evangelho através de suas ofertas monetárias. As ofertas, entretanto, são apenas uma expressão de seu espírito de comunhão, ou como ele coloca em 4.17, “o fruto que aumente nossa conta”. Sendo assim, a alegria cristã é uma consequência de estar em comunhão ativa com o corpo de Cristo.
2.5.Cristo Revelado
Para Paulo, cristo é a soma e a substancia da vida. Pregar Cristo era sua grande paixão; conhecê-lo era sua maior aspiração; sofrer por ele era um privilégio. Seu principal desejo para seus leitores era de que eles pudessem ter a mente de Cristo. Para sustentar sua exortação de humildade, o apóstolo descreve a atitude de Cristo, que renuncia à glória dos céus para sofrer e morrer por nossa salvação (2.5-11). Ao fazê-lo, ele apresenta a declaração mais concisa do Novo Testamento em relação à pré-existência, à encarnação e à exaltação de Cristo. São realçadas tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo.
2.6.O Espírito Santo em Ação
A obra do Espírito em três áreas é mencionada na carta. Primeiro: Paulo declara que o Espírito de Jesus direcionará a realização do propósito de Deus em sua própria experiência (1.19). O Espírito Santo também promove unidade comunicação com o corpo de Cristo (2.1). A participação comum nele cria uma unidade de propósito e mantém uma comunidade de amor. Então, em contraste com a observância ritual inerte dos formalistas, o Espírito Santo inspira e direciona o louvor dos verdadeiros crentes (3.3).
2.7.Esboço de Filipenses

Introdução 1.1-11
Salvação 1.1-2
Ação de graças 1.3-8
Oração 1.9-11
I. Circunstância da prisão de Paulo 1.12-26
Avançaram no evangelho 1.12-18
Garantiram as bênçãos 1.19-21
Criaram um dilema para Paulo 1.22-26
II. Exortações 1.27-2.18
Vida digna do evangelho 1.27-2.4
Reproduzir a mente de Cristo 2.5-11
Cultivar a vida espiritual 2.12-13
Cessar com murmúrios e questionamentos 2.14-18
III. Recomendações e planos pra os companheiros de Paulo 2.19-30
Timóteo 2.19-24
Epafrodito 2.25-30
IV. Advertências contra o erro 3.1-21
Contra os judaizantes 3.1-6
Contra o sensualismo 3.17-21
Conclusão 4.1-23
Apelos finais 4.1-9
Reconhecimento das dádivas dos filipenses 4.10-20
Saudações 4.21-22
Bênção 4.23
Fonte: Bíblia Plenitude

3.      EPÍSTOLA DE PAULO AOS COLOSSENSES

Autor: 
Paulo; em Roma pouco antes de ser removido de sua casa alugada para a prisão.
Data: Cerca de 59/60 d.C.
3.1.Antecedentes
Paulo nunca tinha visitado Colossos, uma pequena cidade na província da Ásia, cerca de 160 km de Éfeso. A igreja foi uma consequência de seu ministério de três anos em Éfeso, por volta de 52/55 d.C. (At 19.10; 20.31). Epafras, um nativo da cidade e provavelmente convertido pelo apóstolo, talvez tenha sido o fundador e líder da igreja (Cl 1.7-8; 4.12-13). A igreja aparentemente se reunia na casa de Filemom (Fm 2).
3.2.Ocasião e Data
Estudiosos conservadores acreditam que esta carta foi escrita em sua primeira prisão romana, por volta de 61 d.C. Em algum momento da prisão de Paulo, Epafras solicitou sua ajuda para lidar com a falsa doutrina que ameaçava a igreja em Colossos (2.8-9). Aparentemente, essa heresia era um mistura de paganismo e ocultismo, legalismo judaico e Cristianismo. O erro parece com uma antiga forma de gnosticismo, que ensinava que Jesus não era nem completamente Deus e nem completamente homem, mas apenas um dos seres semidivinos que ligavam o abismo entre Deus e o mundo.
3.3.Características
Nenhum outro livro do Novo Testamento apresenta mais completamente autoridade universal de Cristo ou a defende com tanto cuidado. Combativo em tom e abrupto em estilo, Colossenses tem uma semelhança próxima com Efésios em linguagem e assunto. Mais de setenta dos 155 versos de Efésios contêm expressões que ecoam em Colossenses. Por outro lado, Colossenses tem vinte e oito palavras que não se encontram em mais nenhum outro lugar escrito de Paulo, e trinta e quatro que não se encontra em lugar nenhum do Novo Testamento.
3.4.O Conteúdo
Os falsos mestres em Colossos tinham rebatido algumas das principais doutrinas do Cristianismo, nada menos que a divindade, a autoridade absoluta e suficiência de Cristo. Colossenses apresenta Cristo como o Senhor supremo cuja suficiência o crente encontra perfeição (1.15-20).
Os primeiros dois capítulos apresentam e defendem essa verdade; os últimos dois desvendam as implicações práticas. A supremacia de Jesus Cristo depende da unicidade dele com o eterno e amado Filho e Herdeiro de Deus (1.13,15). Nele habita a totalidade dos atributos, essência e poder divinos (1.19; 2.9). Ele é a revelação e representação exata do Pai, e tem prioridade em tempo e primazia em categoria sobre toda a criação (1.5).
Sua suficiência depende de sua superioridade. A convicção da soberania absoluta de Cristo impulsionou a atividade missionária de Paulo (1.27-29). Paulo declara a autoridade de Cristo de Três formas primarias, proclamando, ao mesmo tempo, sua adequação.
Primeiro: Cristo é o Senhor de toda a criação. Sua autoridade criativa abrange todo o universo material e espiritual (1.16). Como isso inclui os anjos e planetas (1.16; 2.10), Cristo merece ser louvado ao invés dos anjos (2.18). Além disso, não há motivo para temer os poderes espirituais demoníacos ou buscar supersticiosamente a proteção deles, pois Cristo neutralizou o poder deles na cruz (2.15), e os colossenses compartilhavam de seu triunfante poder de ressurreição (2.20). Como soberano e potestade suficiente, Cristo não é apenas o Criador do universo, mas também o preserva (1.17), é seu princípio de união e meta (1.16).
Em segundo lugar, Jesus é o superior na igreja como seu Criador e Salvador (1.18). Ele é a vida e líder dela, e a igreja só deve submeter-se a ele. Os colossenses dever permanecer arraigados a ele (2.6-7) ao invés de se encantarem com especulações e tradições vazias (2.8,16-18).  
Em terceiro lugar, Jesus é supremo na salvação (3.11). Nele somem todas as distinções criadas pelo homem e caem as barreiras. Ele transformou os cristãos em uma única família onde os membros são iguais em perdão e adoção; é ele quem importa, em primeiro e em último lugar. Portanto, contrário à heresia, não há qualificações ou exigências especiais para vivenciar o privilégio de Deus (2.8-20).
Os caps. 3-4 lidam com as implicações práticas de Cristo na vida diária dos colossenses. Paulo usa a palavra “Senhor” nove vezes em 3.1-4.18, o que indica que a supremacia de Cristo invade cada aspecto de seus relacionamentos e atividades.
3.5.Cristo Revelado
Paulo eleva Cristo como o centro e circunferência de tudo que existe. O encarnado Filho de Deus, ele é a revelação e representação exata do Pai (1.5), bem como a encarnação da total divindade (1.19; 2.9). Ele, que é Senhor da criação (1.16), da igreja (1.18), e da salvação (3.11), habita os crentes e é sua “esperança e glória” (1.27). O supremo criador e mantenedor de todas as coisas (1.16-17) também é um salvador suficiente para seu povo (2.10)
3.6.O Espírito Santo em Ação
Colossenses tem uma única referência explícita ao Espírito Santo, usada em associação com o amor (1.8). Alguns sábios também entendem “sabedoria e inteligência espiritual” em 1.9 em termos de dons do Espírito. Para Paulo, a autoridade de Cristo na vida do crente é a evidência mais crucial da presença do Espírito
3.7. Esboço de Colossenses
I. Introdução 1.1-14
Salvação 1.1-2
Oração de louvor pela fé dos colossenses 1.3-8
Oração de petição pelo crescimento deles em Cristo 1.9-14
II. Apresentação da supremacia de Cristo 1.15-2.7
Na criação 1.15-17
Na igreja 1.18
Na reconciliação 1.19-23
No ministério de Paulo 1.24 –2.7
III. Defesa da supremacia e suficiência de Cristo 2.8-23
Contra a falsa filosofia 2.8-15
Contra o legalismo 2.16-17
Contra o louvor aos anjos 2.18-19
Contra o ascetismo 2.20-23
IV. Supremacia de Cristo exigida na vida Cristã 3.1-4.6
Em relação a Cristo 3.1-8
Em relação à igreja local 3. 9-17
Em relação à família 3.18-21
Em relação ao trabalho 3.22-4-1
Em relação à sociedade não cristã 4.2-6
V. Conclusão 4.7-18
Companheiros de Paulo 4.7-9
Saudações finais 4.10-15
Exortações e bênçãos finais 4.16-18
Fonte: Bíblia Plenitude

4.      EPÍSTOLA DE PAULO A FILEMOM

Autor: 
Paulo de Roma durante dois anos de encarceramento.
Data: Cerca de 60 d. C.
4.1.Antecedentes
Esta carta é o apelo pessoal de Paulo a Filemom, um cristão rico e dono de escravos. Parece que Filemom tinha se convertido sob o ministério de Paulo (v.10), que morava em Colossos, e que a igreja Colosense se reunião em sua casa (v.2). Onésimo, um de seus escravos tinha fugido para Roma, aparentemente depois de danificar ou roubar a propriedade do mestre (vs. 11,18). Em Roma, Onésimo entrou em contato com o preso Paulo, que o levou a Cristo (10). Paulo escreveu para a igreja em Colossos e evidentemente incluiu esta carta a favor de Onésimo. Tíquico e Onésimo aparentemente entregaram as duas cartas (Cl 4.7-9; Fm 12). O relacionamento próximo de Paulo e Filemom é evidenciado através de suas orações mútuas (vs 4 e 22) e de uma hospitalidade de “portas abertas” (v.22). Amor, confiança e respeito caracterizavam a amizade deles (vs. 1, 14,21) A escravidão era uma realidade econômica e social aceita no mundo romano. Um escravo era propriedade de seu mestre, e não tinha direitos. De acordo com a lei romana, os escravos fugitivos poderiam ser severamente punidos e mesmo condenados à morte. Às revoltas dos escravos no séc. I resultaram em proprietários temerosos e suspeitos. Mesmo a igreja Primitiva não tendo atacado diretamente a instituição da escravidão, ela reorganizou o relacionamento entre o mestre e o escravo. Ambos eram iguais perante Deus (Gl 3.28), e ambos eram responsáveis por seu comportamento (Ef 6.5-9).
4.2.Ocasião e Data
Paulo escreveu esta carta durante sua prisão romana por volta de 60/61 d.C. Ele desejava uma verdadeira reconciliação cristã entre o proprietário de escravos lesado e o escravo perdoado. Paulo, com delicadeza, mas com urgência, intercedeu por Onésimo e expressou total confiança de que a fé e amor de Filemom resultariam na restauração (vs 5,21)
4.3.Características
Mesmo sendo a mais curta das epístolas de Paulo, Filemom é uma profunda revelação de Cristo operando na vida de Paulo e daqueles à sua volta. O tom é de amizade calorosa e pessoal ao invés de autoridade apostólica. Ela revela como Paulo endereçou com educação porém firmeza o assunto central da vida cristã, isto é, o amor através do perdão, em uma situação muito sensível. Apresenta a persuasão de Paulo em ação.
4.4.Conteúdo
A epístola é uma expressão autêntica dos verdadeiros relacionamentos cristãos. Depois de agradecer pessoalmente a Filemom e seus companheiros crentes, Paulo expressa ação de graças por seu amor e fé em relação a Cristo e a seus companheiros crentes.
O amor fraternal normalmente exige graça e misericórdia práticas, e Paulo logo chega a esse tópico. Ele explica a conversão de Onésimo e o novo valor do escravo no ministério e família de Jesus Cristo (12-16). Essa transformação, junto com a profunda amizade de Paulo com os dois homens, é a base de um novo começo.
Não se trata de um apelo superficial de Paulo, pois ele preenche um “cheque em branco” em nome de Onésimo para quaisquer dívidas a pagar (vs 17-19). Ele faz a petição já sabendo que o amor e caráter de Filemom prevalecerão. Como ele conclui, as pessoas podem ver a unidade do Espírito entre todos os santos envolvidos.
4.5.Cristo Revelado
Essa epístola aplica poderosamente a mensagem do evangelho. Antes um escravo alienado, Onésimo agora também é um “querido Irmão” em Cristo (v.16). Filemom é desafiado a mostrar o mesmo perdão incondicional que ele recebeu através da graça e amor de Jesus. A oferta de Paulo em pagar uma dúvida que não era sua em nome de um escravo arrependido é um quadro claro da obra do Calvário. A intercessão de Paulo é, além disso, análoga à intercessão contínua de Cristo junto ao Pai em nosso nome.
4.6.O Espírito Santo em Ação
Mesmo não mencionando especificamente o Espírito Santo, foi ativo no ministério de Paulo e na vida da igreja. É o Espírito Santo que batiza todos os crentes, seja escravo ou livre, no corpo de Cristo (1Co 12.13); e Paulo aplica essa verdade à vida de Filemom e de Onésimo. O amor, fruto do Espírito, é evidente por toda a carta.
     4.7. Esboço de Filemom
I. Saudação 1-3
II. Ação de graças em relação a Filemom 4-7

Louvor pessoal 4
Características dignas de louvor 5-7

III. Petição de Paulo por Onésimo 8-21
Um pedido de aceitação 8-16
Um garantia de reembolso 17.19
Uma confiança na obediência 20-21

IV. Preocupações pessoais 22-25
Esperança de libertação 22
Saudações 23-24
Bênção 25
Fonte: Bíblia Plenitude


 Prova
  
PROFESSOR, ESPECIALISTA NILTON CARVALHO
PROVA DE GÁLATAS E EPÍSTOLAS DA PRISÃO

Aluno (a):____________________________________________________Nota:_____

BOA PROVA E QUE DEUS TE ABENÇOE!

QUESTÃO 02. Conforme Hale (2001) defina como é a Teoria da Galácia do Sul.

QUESTÃO 02. Segundo Hale (2001) a Carta de Paulo aos Efésios fora denominada como?

QUESTÃO 03: Segundo Hale (2001) quais características da personalidade de Paulo são mencionadas na Carta de Filipenses?

QUESTÃO 04: Segundo Hale (2001) qual era a religião oficial dos colossenses? Descreva sobre ela.

QUESTÃO 05: Explique por que razão Filemom faz parte do Canon bíblico.



[1] Escola de Tübingen: Ferdinand Christian Baur; nasceu em 21 de junho de 1792, faleceu em 2 de Dezembro de 1860, foi um teólogo alemão que fundou a escola Tubingen interpretação do Novo Testamento. Ele recebeu sua educação na Universidade Tuebingen, onde, desde 1826 até sua morte, foi professor de história eclesiástica e doutrinária.Baur aplicou a filosofia de Hegel ao Novo Testamento e sua interpretação. Ele foi, assim, um preconizador histórico ou científico do estudo da Bíblia. Em 1845 ele publicou um livro sobre São Paulo, na qual se aplicou o princípio Hegeliano à história dos primeiros tempos do Cristianismo. No processo, Baur rejeitou a tradicional atribuição de um número de Epístolas de Paul. Ele declarou que Paulo foi o único autor de Gálatas, as duas Epístolas aos Coríntios, e a maioria dos romanos. Mais tarde Baur escreveu extensivamente sobre teologia histórica. Desenvolveu uma escola de seguidores, principalmente em Tübingen, mas o movimento diminuiu com a sua morte (Fonte com adaptações de: http://mb-soft.com/believe/ttc/tubingen.htm; acesso em 18/04/2011).

[2] Marcião: era natural de Sinope, no ponto, Ásia Menor, junto ao Mar Negro, atualmente parte do território da Turquia, segundo relatos era filho de Cristãos, sendo inclusive seu pai um bispo, tendo sido expulso da congregação pelo próprio pai. Marcião deixou sua cidade natal em 138 d.C., com destino a Roma, onde se tornou um influente Mestre Cristão, pois dominava perfeitamente a arte do convencimento, assim levando verdadeiras multidões a abraçarem suas doutrinas gnósticas. Quando finalmente mostrou para o que realmente viera, em 144 d.C, fundou uma escola gnóstica que se opunha contra o cristianismo ortodoxo, foi afastado da Igreja.  Marcião fundou várias igrejas e como o Apóstolo Paulo sempre viajava visitando suas igrejas, procurando resolver problemas, bem como fortalecer o movimento. Marcião negou, por exemplo, a interpretação cristã do Antigo Testamento, a Bíblia da Igreja Antiga. O Javé dos judeus; dizia ele, é um deus imperfeito. A criação de Javé não é uma bênção, mas uma sem-vergonhice! Pois é uma asneira criar o ser humano para depois lançá-lo à perdição com a queda e, finalmente, levá-lo à salvação. Marcião considerou, ainda, o ato de gerar e de parir uma grande indecência de Deus. Referindo-se à localização da vagina, afirmou: Nascemos entre as fezes e a urina “interfaeces et urinam nascimur” (fonte com adaptações: http://www.torahweb.net/Marciao-de-Sinope-h29.htm; acesso em 18/04/2011).
[3] Cânon de Muratori: também conhecido por fragmento muratoriano ou fragmento de Muratori é o documento mais antigo que se tem a respeito do cânon bíblico do Novo Testamento, por ter sido escrito por volta do ano 150, uma vez que cita o nome de Pio, bispo de Roma de 143 a 155 d. C., irmão de Hermas, autor de "O Pastor". Foi descoberta na Biblioteca Ambrosiana de Milão por Ludovico Antonio Muratori (1672 – 1750) e publicada em 1740, O manuscrito encontra-se mutilado no início e no fim, [1] mas permite distinguir quatro espécies de livros: 1. Os que são lidos publicamente na Igreja. 2. Os que algumas pessoas querem que sejam lidos publicamente na Igreja. 3. Os que são lidos particularmente. 4. Os que devem ser desprezados (fonte com adaptações: http://reflexaobiblica.spaceblog.com.br/170957/CANON-DE-MURATORI/; acesso em 18/04/2011).


[4] Carta Encíclica, ou só Encíclica (Epistolae Encyclicae - Litterae Encyclicae), é um documento pontifício dirigido aos Bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis foi o caso da epístola de Paulo transportada por Tíquico às Igrejas de Éfeso e Colossenses (fonte com adaptações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%ADclica; acesso em 25/04/2011).

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