terça-feira, 3 de maio de 2011


 EPÍSTOLAS PAULINAS

UNIDADE IV: EPÍSTOLAS DE PAULO AOS TESSALONICENSES E AS EPÍSTOLAS PASTORAIS

Professor, Especialista Nilton Carvalho.

PARTE I: EPÍSTOLAS DE PAULO AOS TESSALONICENSES

Introdução:

         Segundo Hale (2001), estas epístolas são negligenciadas pelos estudiosos modernos, não dando a elas a importância que dão às demais epístolas paulinas. Nelas encontram-se um esboço da vida e prática da Igreja primitiva, contudo não se pode encontra a riqueza teológica e doutrinária das demais epístolas de Paulo. Elas tratam dos temas da doutrina cristã de forma rápida e abreviada, todavia apresentam os métodos e mensagens missionárias do Apóstolo dos Gentios.

         A cidade foi construída por determinação de Cassandro, em 316 a.C., que lhe deu o nome da sua esposa, Tessalônica, meia-irmã de Alexandre Magno. Esta fora assim chamada por seu pai, Filipe II da Macedônia, por ter nascido no mesmo dia da vitória dos macedônios sobre os tessálios. Foi a capital de um dos quatro distritos  romanos da  Macedônia, governada pelo pretor Fabiano, a partir de 146 a.C.

         Na sua segunda viagem missionária (49-52 d.C.), Paulo pregou na sua sinagoga, lançando as bases de uma das mais marcantes igrejas da época, e destinou-lhe duas das suas epístolas chamadas de I e II Tessalonicenses. A animosidade contra Paulo, por parte dos judeus da cidade, levou-o a fugir para Beréia. Posteriormente, escreveu a Primeira Epístola aos Tessalonicenses e a Segunda Epístola aos Tessalonicenses (49-52 d.C.).

         Em 388, a cidade foi palco do Massacre de Tessalônica, quando, por ordem do imperador Teodósio I, 7000 pessoas foram assassinadas por se revoltarem contra o general Buterico e outras autoridades romanas.  Atualmente a cidade de Tessalônica é conhecida como Salônica, mas também preserva o antigo nome de Tessalônica (em grego Θεσσαλονίκη, Thessaloníki, que significa: “vitória sobre os tessálios”) e é a segunda maior cidade da Grécia atual, e a principal cidade da região grega da Macedônia. Sua população era de 763. 468 habitantes em 2001, contando com os subúrbios junto ao golfo Termaico.

1.1. ORIGEM DA IGREJA EM TESSALÔNICA

         Conforme Hale (2001), o Evangelho chegou à Europa pela primeira vez em 49 d.C. Isso aconteceu quando em sua segunda viagem missionária, Paulo e seu grupo composto por Silas e Timóteo responderam à visão noturna do homem macedônio e navegaram de Trôade para a ilha Egéia de Samotrácia e, depois para Neápolis (At 16.8-12). Aqui, o apóstolo encontrou a negociante Lídia, exorcizou o espírito de adivinhação de uma jovem escrava e foi publicamente espancado e erroneamente preso. Ao saber que Paulo e Silas eram cidadãos romanos, as autoridades imperiais se desculparam, libertaram-nos e os incitaram a deixar a cidade (At 16.13-40). Viajando cerca de 150 km em direção a sudeste, Paulo e Silas chegaram a Tessalônica. “Como tinha por costume”, relata Lucas, Paulo foi para a sinagoga do local e pregou durante várias semanas, Hale (2001) afirma que foram três sábados seguidos, ou seja, três semanas ininterruptas, argumentando que Jesus, o filho do carpinteiro de Nazaré, era de fato o Ungido — o Messias — prometido há muito pelas escrituras (At 17.1-3 e HALE 2001, pág. 308).
         Em Tessalônica conforme Hale (2001), Paulo estabeleceu a segunda maior igreja do continente europeu. Tessalônica era a capital do distrito da província romana da Macedônia e possuía um excelente porto natural. Localizava-se na famosa via Egnatia, uma grande estrada militar romana que ia desde a costa balcânica ocidental (Grécia) até a atual Istambul (Turquia). Era governada por politarcas[1] - uma classe de oficiais peculiar à região (At 17.6 “magistrados da cidade”). Os líderes Judeus não estavam contentes com a mudança dos seguidores da sinagoga para a nova doutrina do Cristo de Nazaré. Eles então fizeram acusações de que Paulo e seu grupo tinham “virado o mundo de cabeça para baixo”. Uma acusação muito séria, muito próxima da rebelião civil do que o dano público sugerido pelo longo uso de palavras familiares. Chamar Jesus de “Senhor” ou “Rei” era empregar um título de outra forma aplicado somente ao imperador: “Todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus” (At 17.7). Muito possivelmente, as autoridades romanas que revisaram o caso tenham incluído os maridos das “mulheres distintas” persuadidas por Paulo. A ira deles pode ter piorado as hostilidades judaicas. Como não conseguiram encontrar Paulo, seu anfitrião Jason foi preso, de modo que Paulo teria de pagar fiança. À noite, Paulo e Silas partiram secretamente para Beréia; 100 km a sudeste. “Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que a palavra de Deus também era anunciada por Paulo em Beréia, foram lá e excitaram as multidões” (At 171.3). Portanto em três cidades sucessivamente: Filipos, Tessalônica e Beréia; Paulo e seu grupo partiram em meio à inquietação civil e tiveram seu trabalho interrompido no meio. Foi essa a recepção inicial do evangelho no continente europeu.
1.2. A 1ª EPÍSTOLA DE PAULO AOS TESSALONICENSES
a) Local e Data
         Dos cálculos baseados na inscrição de Gálio — uma cópia pública de uma carta do imperador romano ao procônsul de Acaia; Pode-se afirma que a Epístola de 1ª Tessalonicenses foi escrita em Corinto por volta de 50 ou 51 d.C., contudo Hale (2001) defende 50 d.C. (HALE, 2001, pagina 309).
b) Propósito, Estrutura, Características e Conteúdo
         Escrita primeiro em um tom de alívio e gratidão, a Epístola é marcada pelo agradecimento em relação ao crescimento da igreja na ausência forçada de Paulo. A carta não contém uma teologia elaborada como em Romanos, nenhuma repreensão ou heresia ameaçadora é encontrada como em Galatas, nem conselhos pastorais extensivos são dados como em 1ª Coríntios. Os caps. 1-3 ensaiam as lembranças de Paulo sobre seu ministério entre eles, sua preocupação com o estado da fé que eles possuíam; a comissão de Timóteo para voltar à igreja e seu deleite notável em saber da fé inabalável deles. Os caps. 4-5 contêm as exortações características sobre assuntos como pureza sexual (4.1-8; 5.23), caridade responsável (4.9-12), estima e apoio aos líderes (5.12-13), paciência e prestabilidade em relação a várias necessidades humanas (5.14-15).
         A resposta de Paulo encheu de esperança e, portanto, de consolo, aqueles que choravam pela perda de pessoas queridas. Os mortos em Cristo, na verdade, seriam os primeiros a serem ressuscitados. Os cristãos vivos se uniriam a eles e seriam arrebatados para encontrar o Senhor na sua parousía[2] no ar para viverem para sempre com ele, Um grande Consolo! A linguagem de Paulo descrevendo a vinda de Jesus dista dois milênios do vocabulário da tecnologia urbana. O povo mediterrâneo do séc. I estava bastante acostumado à chegada (“vinda/parousia”) esplendorosa, alegre e antecipada de um visitante real.
         No dia indicado, os cidadãos sairiam da cidade para encontra o visitante real que vinha com um amplo cortejo. Grito de aclamação e boas-vindas surgiria à medida que ele passasse, e aqueles que rodeassem a estrada então se uniriam ao monarca que iria a um determinado lugar. Ali seriam feitos reconhecimentos e premiações especiais (2.19). Havia alegria e admiração com a chegada esplendorosa do rei. Assim há de ser quando os vivos e os mortos forem para cima, para encontrar o rei que vem do céu.
O tema da volta de Cristo, embora concentrado em 4.13-18, também é abordado em 5.1-11. Na verdade, a vinda de Cristo acontece do início ao final de carta (1.10) e (5.23). Cada capítulo em 1 Tessalonicenses  refere-se a esse acontecimento futuro decisivo.
         Deus, o Pai (1.1,3; 3.11,13), é a fonte da ira e do desagrado (2.15-16) àqueles que se opõem a ele, mas para aqueles que o servem, ele é o receptor de agradecimentos (1.2; 2.13; 3.9) e origem da salvação (5.9), coragem (2.2), paz (5.23) e aprovação (2.4). Deus ressuscitou Jesus e ressuscitará os mortos que confiaram nele (1.10; 4.14). Ele é o Deus vivo e genuíno (1.9), oposto de ídolos (1.9), a testemunha incontestável (2.5). A vontade de Deus se relaciona com a pureza moral (4.3,7), mas também com a ação de graças contínuas (5.18). Sua palavra, o “evangelho de Deus” (2.2,8-9) notadamente chega através de palavras humanas (2.13; 4.8). Em 1 Tessalonicenses, como em vários lugares da Bíblia, Deus é a fonte e o fim de tudo o que se relaciona com a vida natural e espiritual.
c) Cristo Revelado
         Jesus é o Filho de Deus (1.10), cuja morte e ressurreição (1.10; 2.14-15) fornecem um exemplo aos crentes que sofrem agora (1.6; 2.14-15), mas que, como ele mesmo, serão ressuscitados no futuro (1.10; 4.14,16). Os crentes de antes e de agora têm uma posição espiritual mística “no Senhor” (1.1,3; 4.1; 5.18), que, todavia, é prática o suficiente para ser a base do respeito pra governar os anciãos (5.12). A graça vem de Cristo (5.28). Mas, acima de tudo, em 1 Tessalonicenses Cristo surge como o Rei que volta, o conquistador dos mortos, cuja volta esperada no céu (1.10), para dar conforto aos aflitos (4.17-18; 5.11) e alegria aos que o esperam (2.19-20). Esse será seu dia, o “Dia do Senhor[3](5.2; 2Ts 2.2, “Dia de Cristo”).
d) O Espírito Santo em Ação
         Todos os cristãos podem afirmar que foi Deus quem “nos deu também o seu Espírito Santo” (4.8). O Espírito inspira alegria mesmo quando em meio à aflição (1.6). Quando o evangelho chegou a Tessalônica, ele não veio somente em palavras, mas também em poder e no Espírito Santo, e em muita certeza (1.5), sugerindo uma mistura balanceada de discussão intelectual, o poder do Espírito Santo (provavelmente com “sinais” e “maravilhas”) segundo Hale (2001) veio com uma profunda resposta pessoal. Em 5.19-21 releva um caráter vivamente carismático do louvor em Tessalônica; pois havia atividade profética que alguns estavam inclinados a conquistar, mas para o que Paulo pede aceitação verificada: suas palavras deveriam ser lidas “a todos os santos irmãos” (5.27).

e) Esboço de 1ª Tessalonicenses

I. Começo típico da carta 1.1

II. Lembrança do Ministério de Paulo 1.2-3.13
Agradecimentos à fé, esperança e caridade dos tessalonicenses 1.2-10
Como Paulo ministrou lá 2.1-12
Agradecimentos pela resistência dos tessalonicenses 2.13-16
Ansiedade de Paulo pelos tessalonicenses 2.17-20
Missão de Timóteo e alívio de Paulo 3.1-10
Esperança contínua de Paulo de ver os tessalonicenses 3.11-13

III. A espera da volta de Cristo 4.1-5.11
Para o presente: qualidades de estilo de vida 4.1-12
Para o futuro: a volta de Cristo 4.13-5.11

IV. Conselhos finais 5.12-28
Respeito pelos líderes 5.12-13
Paz na comunidade 5.13
Ajuda aos necessitados 5.14
Vivência cristã 5.15-22

Fonte: Bíblia Plenitude

2. A 2ª EPÍSTOLA DE PAULO AOS TESSALONICENSES

2. Autenticidade, autoria, motivo, local e Data

         1ª e 2ª Tessalonicenses são bastante semelhantes em linguagem, sugerindo que Paulo escreveu a segunda carta algumas semanas ou meses após a primeira, portanto, conforme Hale (2001, página 317) fora escrita ainda em Corinto no final de 50 ou início de 51 d.C. A volta do Senhor é de importância central em ambas as cartas. 1ª Tessalonicenses revela que alguns estavam perplexos com a morte de pessoas amadas e temendo perder a volta do Senhor Jesus. Já em 2ª Tessalonicenses, surge um problema diferente, relacionado à volta do Senhor. Tanto em 1ª Tessalonicenses como em 2ª Tessalonicenses (1.4-7), está claro que os crentes sofreram algumas perseguições e opressão da mesma forma que Paulo e Silas.
         A preocupação de Paulo com a estabilidade espiritual da igreja o levou a enviar Timóteo e a expressar, escrevendo a primeira carta, uma alegre satisfação por conhecer sua saúde espiritual (1Ts 2.17-3.10). A estabilidade e persistência e paciência em meio às adversidades, atraíam o louvor e a gratidão frequentes do apóstolo (1Ts 1.3; 2Ts 1.4). Ainda assim, havia preocupações evidentes sobre as atitudes desequilibradas relacionadas com a volta do Senhor[4] (Parousia). “Ouvimos”, diz Paulo (2Ts 2.11), “que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando...” Pelo visto, parar de trabalhar era instigado por uma doutrina errônea que alguém havia trazido para Tessalônica, uma doutrina que anunciava que o “Dia de Cristo” estivesse perto (2Ts 2.2).
         Tal doutrina pode ter uma origem falsamente reivindicada pelos carismáticos (“por espírito” 2 Ts 2.2). Ou pode ter surgido em uma carta falsamente atribuída a Paulo. Qualquer que seja a fonte da doutrina errônea, Paulo rapidamente escreveu 2ª Tessalonicenses para ressaltar a maneira correta de compreender a volta do Senhor. Esse dia; esclarece ele, não acontecerá até que determinados acontecimentos ocorram.   Em primeiro lugar, haverá uma apostasia e, mais importante, o “homem do pecado será revelado, O filho da perdição” (2.3). Essa figura, chamada de “anticristo” nas cartas de João, se autodenominará Deus (2.4). Ele enganará a muitos, pois terá grandes poderes, incluindo a capacidade de realizar prodígios (2.9). O espírito de tal figura, “o ministério da injustiça” (2.7) já operava nos dias de Paulo. Mas um poder; não identificado claramente pelo apóstolo; resiste e controla o homem do pecado de forma a impedi-lo de interferir na consumação do curso dos acontecimentos humanos por Deus através da volta de Cristo na segunda vinda. Duas vezes em 2ª Tessalonicenses (2.15; 3.16) o apóstolo apela para a “tradição” – as crenças apregoadas dentro das igrejas deveriam sofrer verificações da doutrina carismática, ou seja, dos dons.
         Frequentemente nas cartas tessalonicenses, Paulo relembra seus leitores a continuar com as coisas que ele os ensinou antes (1Ts 2.11-12; 3.4; 2Ts 2.5,15; 3.4,6,10,14). Já nessas cartas, umas das mais antigas do Novo Testamento, ou seja, umas das primeiras a serem escritas estão se desenvolvendo um corpo de crenças cristãs definidas.
         Como em outros lugares do Novo Testamento, Deus é visto como Pai (1.1; 2.16) a fonte de graça (1.12) e amor (3.5), e objeto de agradecimento (1.3; 2.13). Ele escolheu (2.13) aqueles que compõem seu Reino (1.5) e os tornam dignos de seu chamamento de salvação (1.11), mas também restituiu os malfeitores (1.6), permite a ilusão àqueles que desprezam a verdade (2.11) e que não a conhecem (1.8). As igrejas são dele (1.4) elas descansam nele (1.1), Deus pai é a excelência da salvação humana por Cristo (3.1-6) em 2ª Tessalonicenses.
a)      Cristo Revelado
         A co-igualdade de Cristo com Deus recebe atenção especial nesta epístola. Pai e Filho juntos são a fonte da graça e da paz (1.2,12; 3.16,18), consolo e estabilidade (2.16,17), amor e paciência (3.5). Embora a igreja seja geograficamente localizada em Tessalônica, sua posição espiritual encontra-se em “Deus, Pai, e no Senhor Jesus” (1.1; 3.12). Como em 1ª Tessalonicenses, o Senhor Jesus virá de novo (1.7,10; 2.1); e ele, com “o assopro de sua boca” (2.8), derrotará o homem do pecado no momento de sua volta (2.8) e tomará vingança daqueles que não conhecem a Deus (1.8).
b)     O Espírito Santo em Ação
         Na única referência direta ao Espírito Santo (2Ts 2.13), Paulo engrandece a Deus pelos tessalonicenses, cuja seleção para a salvação é dada por Deus “desde o início”. O apóstolo descreve pormenorizadamente como a “santificação do Espírito e fé da verdade” (2.13) poderá levá-los à glória do Senhor. A obra de santificação do Espírito Santo pode ser vista como uma maneira de encarar a intenção de Deus de salvar seu Povo. A declaração profética do Espírito, ou assim afirmada (2.2), para Paulo em suas epístolas sempre deve ser testada, ou seja, as manifestações dos dons deverão passar por provação e aprovação da palavra que Paulo pregou antes aos tessalônicos (2Ts 3.6-7; 1 Ts 5.20,21; 1Co 14.29).

c)      Esboço de 2º Tessalonicenses

I. Começo típico da carta 1.1-4
autores 1.1
Endereços 1.1
Saudações 1.2
Ação da Igreja 1.3-4

II. Doutrina 1.5– 2.12
Conseqüência da vinda 1.5-12
Indicações da vinda 2.1-12

III. Exortação 2.13-3.16
À estabilidade 2.13-17
À oração 3.1-5
Contra ociosidade 3.6-13
À disciplina 3.14-15
À paz 3.18

IV. Comentários finais 3.17-18
Uma assinatura de crédito 3.17
Um desejo de graça 3.18
Fonte: Bíblia Plenitude

II PARTE: AS EPÍSTOLAS PASTORAIS: Iª E IIª TOMÓTEO E TITO
INTRODUÇÃO:

         Em sua primeira viagem missionária 46-48 d.C., Paulo e Barnabé pregaram em Listra, uma cidade da Licaônica, e obtiveram em meios às perseguições sucesso. É provável que uma judia chamada Lóide, e sua filha Eunice, tenham se convertido a Cristo durante esse trabalho missionário. Eunice era esposa de um homem que não era judeu, com quem ela teve Timóteo, provavelmente seu único filho. Era evidente que Timóteo tinha recebido os ensinamentos da religião judaica, mas seus pais recusaram-se a permitir que o filho fosse circuncidado. Desde o início desenvolveu-se um relacionamento bastante próximo entre Paulo e Timóteo. Quando Paulo retornou a Listra, ele encontrou Timóteo como membro da igreja local, altamente recomendado por seus líderes ali e em Icônio. Sob a sugestão do Espírito Santo, Paulo adicionou Timóteo a seu grupo apostólico. Como eles iam ministrar entre os judeus, Paulo advertiu Timóteo a ser circuncidado, não por causa da justiça, mas para evitar ofender os judeus, uma vez que sua mãe era judia. Paulo também pregou em Creta aonde Tito se convertera e a prendeu o Evangelho com Paulo se tornando o Pastor da igreja local.  A carta a Tito é de conselho a um obreiro cristão jovem que Paulo tinha deixado em Creta. Seu objeto é identificar os obreiros, como classificá-los e como identificar os falsos ministros; fala ainda, do trabalho dos homens mais velhos, das mulheres mais velhas, dos jovens e escravos (Tt 2.11-15), orienta como proceder e depois dar o conselho de como fazer o bem.
       Conforme Hale (2001), a Primeira e Segunda Epístola a Timóteo e a Epístola a Tito formam um grupo distinto entre as cartas escritas por Paulo, e agora são conhecidas como as Epístolas Pastorais, porque elas foram dirigidas a dois ministros cristãos. Quando Timóteo e Tito receberam estas epístolas, eles não estavam agindo, como tinham feito anteriormente, como missionários ou evangelistas itinerantes, mas haviam sido deixados por Paulo encarregados das igrejas; A Timóteo a superintendência da igreja em Éfeso, e a Tito os cuidados das igrejas na ilha de Creta. As Epístolas Pastorais foram escritas para orientá-los no exercício das funções que lhes são confiadas como pastores cristãos. Essa é uma descrição geral destas epístolas, foram chamadas de ‘Pastorais’ no século XVIII, por D.N. Bardot (1703), e popularizadas por esse título em 1726, por Paul Anton. Em cada uma delas, no entanto, não há muito mais do que é coberta ou implícita, com a denominação, “Pastoral”, Paulo estava dando instruções para situações históricas reais de duas igrejas, que estavam sob cuidados de dois ministros que ele conhecia intimamente. As três têm em comum o estilo, a doutrina e alusões históricas, que devem ser tratadas como um grupo particular, como as cartas da prisão, por exemplo, muito que é pessoal e muito também, do que está relacionado com a fé cristã, doutrina e a prática em geral elas possuem em harmonia.

  1. Iª EPÍSTOLA DE PAULO A TIMÓTEO
a)      Autor, data, local e propósito: 
         Paulo a escreve quando este estava na Macedônia em cerca de 64-65 d.C. Todas as Epístolas Pastorais (1Tm, 2Tm, Tt) nomeiam o apóstolo Paulo como seu autor. Além disso, a antiga tradição insiste unanimemente que Paulo as escreveu. Paulo visitou Éfeso por volta de 63 d.C., após ser libertado de sua primeira prisão romana. Logo em seguida, ele partiu, deixando Timóteo responsável pela igreja de lá. Ele provavelmente tenha escrito a carta em 64 d.C., conforme afirma Hale (2001), com o propósito de refutar os falsos mestres, promover uma sã doutrina, organizar o culto público e combater as ideias errôneas (HALE, 2001 página 331/2).
b)     Conteúdo
         O trabalho para o qual Paulo nomeou Timóteo envolveu sérias dificuldades, e ele achou necessário escrever uma carta de instrução a seu jovem colaborador que enfrentava problemas. Na carta, ele ensinou Timóteo como combater os falsos mestres, como ordenar o culto da igreja, como escolher os líderes da igreja e como lidar prudentemente com as diferentes classes na igreja. Timóteo deveria ensinar a fé apostólica e levar uma vida exemplar o tempo todo.
c)      Cristo Revelado
         A divindade de Jesus é evidente, pois Paulo o iguala a Deus, o Pai (1.1-2; 3.16) e proclama sua soberania universal e natureza eterna (6.15-16). Jesus é a fonte da graça, misericórdia e paz (1.12,14), que comandou o apostolado de Paulo (1.1) e o capacitou para o ministério (1.12). Cristo é tanto Senhor (1.2,12,14; 5.21; 6.3,14,15) quanto salvador (1.1,15), que “se deu a si mesmo em preço de redenção por todos” (2.6). Em virtude de seu trabalho de redenção, ele é o único “mediador entre Deus e os homens” (2.5), que pode acessar e chegar a Deus. Ele, que se fez carne, mas ascendeu ao céu (3.16). Por enquanto, ele é nossa esperança (1.1), e a promessa de sua volta é um incentivo à fidelidade no ministério e à pureza na vida (6.14).
d)     O Espírito Santo em Ação
         As referências diretas ao Espírito Santo em 1ª Timóteo são raras, mas ele estava operando desde o começo da igreja em Éfeso (At 19.1-7). As “intercessões” (2.1) são orações que envolvem a assistência do Espírito Santo (Rm 8.26,27). A declaração “o Espírito expressamente diz” (4.1) ressalta a atividade contínua do Espírito Santo e a sensibilidade de Paulo a suas sugestões. Em 4.14, Paulo relembra Timóteo do “dom” que lhe foi dado através da “profecia”, uma capacidade especial de ministrar concedida como um carisma do Espírito quando colocaram as mãos nele. Além disso, um “bom testemunho” (3.7) também incluiria o líder ser “cheio do Espírito Santo”, tal como exigido na nomeação de líderes (At 6.3).

e)      Esboço de 1º Timóteo

Introdução 1.1-20

I. Instruções relacionadas à igreja 2.1-3.16
Seu culto 2.1-15
Seus líderes 3.1-13
Sua função em relação à verdade 3.14-16

II. Instrução relacionada aos deveres pastorais 4.1-6.10
Em relação à igreja como um todo 4.1-16
Em relação às várias classes na igreja 5.1-6.10

III. Exortações finais 6.11-21
Para manter a fé e militar na fé 6.11-21
Para apresentar as reivindicações de Cristo aos ricos 6.17-19
Para guardar a verdade 6.20-21
Fonte: Bíblia Plenitude

  1. IIª EPÍSTOLA DE PAULO A TIMÓTEO 
2.1. Autor, antecedentes, ocasião e data
         Até se pode determinar, que Paulo foi libertado da prisão romana pouco depois de Atos dos Apóstolos ter sido escrito por Lucas e empenhou-se em viagens missionárias, viajando até a Espanha. Durante a era das perseguições iniciadas por Nero em 64 d.C., Paulo foi preso de novo, provavelmente em Trôade (2Tm 4.13), e levado pra Roma. As circunstâncias de sua segunda prisão foram bastante diferentes daquelas de seu primeiro encarceramento. Anteriormente, ele estava em sua própria casa alugada e podia receber visitantes livremente, mas agora estava confinado a uma masmorra e os amigos quase não conseguiam vê-lo. Antes, ele esperava ser solto, mas agora ele esperava a morte (2Tm 4.6-8). Ao escrever esta carta, somente Lucas estava com Paulo (2Tm 4.11), tendo todos os outros partidos por vários motivos. A carta originou-se devido à preocupação de Paulo com as necessidades de Timóteo, bem como suas próprias, uma delas era ver o pastor de Éfeso novamente, seu filho amado na fé Timóteo. Mas, também para adverti-lo sobre falsos ensinos. Ele lembrou Timóteo de suas responsabilidades e o advertiu a se entregar de corpo e alma à sua tarefa. Em relação a si mesmo, Paulo necessitava de algumas coisas pessoais (2Tm 4.13) e, em sua solidão, desejava ver Timóteo e Marcos (2Tm 4.9-11). Há pouca dúvida sobre Paulo ter escrito esta carta pouco antes de sua morte. Portanto, como é provável que ele tenha sido executado antes da morte de Nero em 68 d.C., a carta segundo Hale (2001) deve ser datada de 64/66 d. C., em Roma quando o apóstolo já percebia que havia chegado ao fim da carreira apostólica (2Tm 4. 7-8).
a)      Característica e conteúdo
         Embora Paulo seja conciso e direto, ele também é meigo, caloroso e carinhoso. 2ª Timóteo revela emoções de Paulo mais do que seu intelecto, pois seu coração estava falando. Consequentemente, a carta não era uma produção literária ordenada e bem planejada, mas sim uma nota pessoal contendo a última vontade e o testamento do apóstolo. Ela apresenta a ansiedade do apóstolo ante a morte preeminente, mas também sua coragem numa circunstancia difícil, a escrita da carta é de declarações de amigo para amigo.
b)     Cristo Revelado
         Para Paulo, o Evangelho contém mais do que declarações e proposições: ele é o próprio Cristo (1.8). As bênçãos espirituais, como a graça, a misericórdia, a paz e mesmo a vida em si, residem nele e derivam dele (1.1-2,9-10; 13, 16,18; 2.1). Jesus veio para a terra como homem (2.8) para ser nosso Salvador (1.10; 2.10; 3.15) e foi ressuscitado (2.8) logo após sua morte. Ele é fiel àqueles que o seguem (1.12; 2.11-12; 4.17-18,22) e coerente com seu propósito (2.12,13). Ele também concede a compreensão espiritual (2.7). Cristo aparecerá em sua segunda vinda como o juiz justo (4.1,8; 4.14,16).
c)      O Espírito Santo em Ação
         O Espírito Santo deu a Timóteo um dom e Paulo o exortou a usá-lo ativamente (1.6). Além disso, o Espírito Santo concede poder, amor e moderação (1.7). O Espírito Santo que em nós habita nos permite ser fiéis ao evangelho confiado a nós e garantir sua pureza (1.13,14).

d) Esboço de 2º Timóteo

I. Introdução 1.1-5
Saudação 1.1-2
Ação de graças 1.3-5

II. Fidelidade face às dificuldades 1.6-14
Devido à natureza da experiência cristã 1.6-8
Devido à grandeza do evangelho 1.9-11
Devido ao exemplo de Paulo 1.12-14

III. Fidelidade em face de deserções 1.15-2.13
O exemplo de Onesíforo 1.15-18
O caráter da obra de Timóteo 2.1-7
A obra redentora de Cristo 2.8-13

IV. Fidelidade face ao erro 2.14-4.8
Erro doutrinário 2.14-26
Erro prático 3.1-4.8

V. Conclusão 4.9-22
Instrução 4.9-13
Advertência 4.14-15
Explicação 4.16-18
Saudações 4.19-21
Bênção 4.22
Fonte: Bíblia Plenitude


  1. EPÍSTOLA DE PAULO A TITO
3.1.Antecedentes, autor, ocasião e data
         É estranho que uma pessoa cujo nome esteja listado entre os livros do Novo Testamento seja tão pouco conhecida. Mesmo que Tito fosse: companheiro e valioso colaborador de Paulo, não existem menções a seu respeito em Atos. Tito era grego e evidentemente um convertido de Paulo. O fato de Tito não ser circuncidado (Gl 2.3) indica que ele não foi criado no judaísmo, nem se tornou um prosélito. Paulo tinha muita estima por Tito e o apostolo se inquietava quando havia pouco ou nenhuma notícia sobre as atividades e o paradeiro do jovem. Embora o Novo Testamento não registre um ministério de Paulo em Creta, passagens como Tt 1.5, indicam claramente que ele e Tito conduziram uma missão lá. Essa campanha provavelmente tenha começado em alguns momentos durante 63-64 d.C., após a libertação de Paulo de sua primeira prisão em Roma. Como tinha pouco tempo, Paulo deixou Tito em Creta para cuidar de novas igrejas. Então o apóstolo partiu para outras áreas de trabalho. Em algum momento a caminho de Nicópolis, na Grécia (3.12), ele escreveu para Tito. A carta dá indicações de ter sido escrita durante o outono, provavelmente por volta de 64 d.C., (3.12). O objeto de Paulo com a carta era de colocar a igreja de Creta em ordem, Hale (2001) afirma que a carta tem três divisões básicas as quais são: a designação de lideres na igreja; como aconselhar e trabalhar com diferentes grupos sociais, e como exortar a igreja em vários assuntos.
a)      Conteúdo
         A carta a Tito tem uma afinidade com a de 1ª Timóteo, ambas as epistolas são endereçadas a jovens homens aos quais tinham sido designadas lideranças responsáveis em suas respectivas igrejas durante a ausência de Paulo. Ambas as epístolas ocupam-se com as qualificações daqueles que devem liderar a ensinar nas igrejas. Tito tinha três grandes temas: a organização da igreja, a doutrina correta e a vida santa. Tito tinha de ordenar os presbíteros em cada cidade onde existia o núcleo de uma congregação. Eles deviam ser homens de alto caráter moral, e deveriam ser inflexíveis em questões de princípio, mantendo a verdadeira doutrina apostólica e sendo capazes de reprovar os opositores.
b)     Cristo Revelado
         Fundamentando as instruções de Paulo está o tema de que Cristo está construindo sua igreja, escolhendo cuidadosamente as pedras que formam essa habitação para Deus. Paulo também enfatiza Cristo como nosso redentor (2.14; 3.4-7) e apresenta sua segunda vinda como um incentivo à vida consagrada (2.12,13).
c)      O Espírito Santo em Ação
         O ministério do Espírito Santo é compreendido por toda a epístola. Os cretenses não podem mudar a si mesmos (1.12-13), e a regeneração só pode ser obra do Espírito Santo (3.5). A pessoa que experimenta um novo nascimento recebe o Espírito Santo a fim de manter um estilo de vida vitorioso seguindo os moldes do de Cristo (3.6-8).

     d) Esboço de Tito

I. Introdução 1.1-5
Declaração do ofício, esperança e funções de Paulo 1.1-3
Saudação 1.4
Encargo de Tito 1.5

II. Instruções em relação aos presbíteros 1.6-16
Suas qualificações 1.6-9
A necessidade de administração adequada 1.10—16

III. Instruções em relação à conduta cristã 2.1-3-7
Entre eles mesmos 2.1-15
Em relação ao mundo todo 3.1-7

IV. Instruções finais 3.8-11
Para ensinar verdades espirituais 3.9-11
Pra evitar dissensões 3.9-11

V. Instruções e saudações 3.12-15

Fonte: Bíblia Plenitude


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
HALE, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento. São Paulo, SP; Hagnos, 2001.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AUXILIARES USADAS DURANTE TODO O APRENDIZADO NOS ESQUEMAS
BULTMANN, Rudolf. Teologia do Novo Testamento, 3ª Ed. Trad. Martin Dreher e Ilson Kayser; São Paulo,SP; Academia Cristã, 2007.
ELWELL, Walter A. Entrada para 'Dia do Senhor, Deus, Cristo, o. In.  “Evangelical Dictionary of Theology”; páginas 119-25. Baker Book House Company; EUA, 1997.
FERNADES, Francisco. Dicionário Brasileiro Globo, 51 ed. São Paulo, SP; Globo 1999.
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. São Paulo, SP; Edições Vida Nova, 1999.
PAROUSIA, Blog de pesquisa da Folha Assembleiana; A parousia. Disponível em http://folhaassembleiana.blogspot.com/2010/05/o-que-e-parousia.html; acesso em 28/04/2011.
PLENITUDE, Bíblia de Estudo, Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001.
RYRIE, Charles C., A Bíblia Anotada: edição expandida. Ed. Revista e expandida, São Paulo – SP: Mundo Cristão; Barueri, SP; Sociedade Bíblica do Brasil, 2007.
WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. A Doxologia: disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Doxologia; acesso em 07/04/2011.
__________ a enciclopédia livre. Fariseus: disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fariseus; acesso em 08/04/2011.
_________ a enciclopédia livre. Diaspora: disponível em:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1spora_judaica: acesso em 13/04/2011.
_________ a enciclopédia livre. Pentecostes: disponível em:   http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostes: acesso em 13/04/2011.

Professor Nilton Carvalho é Historiador, Especialista em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Teólogo e mestrando em Ciências da Religião.

PROFESSOR, ESPECIALISTA NILTON CARVALHO

Prova Final de Epístolas Paulinas


Aluno (a):____________________________________________________Nota:

ATENÇÃO: A questão um foi elaborada em forma de múltipla escolha, porém, apenas uma resposta é CORRETA, por isso marque (X).

BOA PROVA FINAL E QUE DEUS TE ABENÇOE!

QUESTÃO 01. Segundo Hale (2001) provavelmente quem fundou a comunidade cristã em Roma foi (foram):
a) O apóstolo Paulo.
b) O apóstolo Pedro.
c) Os judeus que estavam em Jerusalém no dia de Pentecostes.
d) Os cooperadores Priscila e Áquila.
QUESTÃO 02. Conforme Hale (2001) qual princípio espiritual Paulo estava tentando ilustrar através do seu próprio exemplo e da sua maneira de pregar?
QUESTÃO 03: Segundo Hale (2001) 2ª Coríntios têm três divisões que motivaram o apóstolo a escrevê-la. Quais são elas?
QUESTÃO 04: Segundo Hale (2001) como era a teoria da Galácia do Norte?
QUESTÃO 05: Explique para que a Epístola aos Efésios foi escrita.
QUESTÃO 06: Segundo Hale (2001) indique local, data e circunstância que Paulo escreveu a Epístola aos Filipenses.
QUESTÃO 07: A partir de Hale (2001) indique como foi denominado o erro contra o qual Paulo escreve a carta aos Colossenses.
QUESTÃO 08: Explique por que razão Filemom faz parte do Canon bíblico.
QUESTÃO 09: Qual o propósito básico de Paulo conforme Hale (2001) em escrever 1ª Tessalonicenses?
QUESTÃO 10: Segundo Hale (2001) qual o local, a data e o propósito de Paulo em escrever 2ª Tessalonicenses?

MARQUE X NA RESPOSTA CORRETA:

QUESTÃO 11: Conforme Hale (2001) Timóteo e Tito desfrutavam de extrema confiança de Paulo, que os colocou como pastores nos seguintes lugares respectivamente:
  1. (  ) Macedônia e Creta.
  2. (  ) Éfeso e Creta.
  3. (  ) Roma e Éfeso.
D.    (  ) Samaria e Jerusalém.
QUESTÃO 12 Segundo Hale (2001) as Cartas Pastorais abordam entre outros temas, os seguintes:
  1. (  ) A doutrina  ensinada por Paulo desde o início a Timóteo e Tito.
  2. (  ) Orientação ministerial a Timóteo e Tito.
  3. (  ) Ênfase a uma vida santa.
  4. (  ) Todas as respostas acima.







[1] Politarcas era a designação dada às autoridades da cidade de Tessalônica (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Politarcas; acesso em 28/04/2011).
[2] Parousía: (do grego: Παρουσια/Parousia) esta palavra era usada com o sentindo de presença ou vinda. Seu uso técnico indicava a presença ou chegada de um rei ou governante. No Novo Testamento ela é usada para designar a presença (vinda) de Cristo novamente a Terra, primeiramente para os fieis e depois para os infiéis. O Novo Testamento usa o termo em um sentido escatológico para se referir ao glorioso retorno de Jesus Cristo (ver 1 Corintios 15:23; “Vinda”). O termo grego significa “estar presente” e foi adotado pelo estado visitado por um imperador romano. Contudo alguns teólogos negam que o termo signifique a volta de Cristo, estes alegam: a Parousia-Presença de Cristo é o Aparecer, que é a PRESENÇA de Deus entre Seus Eleitos na forma do Espírito Santo, e não a Vinda, todavia, nós preferimos aquilo que é pregado desde os primórdios da Igreja e que Hale (2001), também defende, no Novo Testamento Parousia significa a volta de Cristo (fonte com adaptações do autor: http://folhaassembleiana.blogspot.com/2010/05/o-que-e-parousia.html; acesso em 28/04/2011).
[3] Dia do Senhor: 2Ts 2:2 “Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo (ou dia do Senhor) estivesse já perto”. O "Dia de Cristo" ou "dia do Senhor" é a vinda de Cristo quando todo olho o verá, depois do arrebatamento e no final da grande tribulação, embora possa também ser considerado aí o período de tribulação pois esta faz parte dos juízos que cairão sobre a terra. É um "dia" de juízo para este mundo. A preocupação dos Tessalonicenses não estava em achar que Cristo já tinha vindo, porque eles obviamente sabiam que não tinha vindo. Eles estavam preocupados que o "dia de Cristo" estivesse se aproximando e que eles seriam pegos por ele de surpresa e despreparados (Elwell, Walter A. Entrada para 'Dia do Senhor, Deus, Cristo, o. páginas 119-25"Evangelical Dictionary of Theology"; Baker Books, EUA, 1997).
[4] Com a volta do Senhor: literalmente parousia.

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