quinta-feira, 16 de junho de 2011


CATEDRAL DA FAMÍLIA SETOR MARISTA
INSTITUTO BÍBLICO CATEDRAL DA FAMÍLIA (IBCAF)
TEOLOGIA SISTEMÁTICA
UNIDADE IV: A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
 Professor, Especialista Nilton Carvalho.
INTRODUÇÃO:
         Feedback[1] do conceito de Teologia Sistemática: Conforme Reymond (1998), Teologia hoje é o discurso racional acerca de Deus a partir dos dados advindos de um livro revelado: Bíblia, Alcorão, etc. Portanto, a palavra “teologia”, significa “estudo, doutrina, tratado acerca de Deus”. A palavra “sistemática” se refere a algo que colocamos em um sistema. Teologia Sistemática é, então, a divisão da Teologia em sistemas que explicam suas várias áreas. Por exemplo, muitos livros da Bíblia dão informações sobre a Salvação. Porém, não há em um livro sozinho na Bíblia com todas as informações sobre a Salvação. A Teologia Sistemática, então, coleta todas as informações sobre a Salvação contidas nos livros da Bíblia e as organiza em um sistema que chamamos de: A DOUTRINA DA SALVAÇÃO; TEOLOGIA DA SALVAÇÃO OU SOTERIOLOGIA. Isto é a Teologia Sistemática, ou seja, é a organização de ensinamentos da Bíblia em sistemas de categorias, neste caso Rosa (2008) organizou para nós as categorias de ensinamentos sobre a Salvação.  
         A soteriologia termo criado no século XIX é o estudo da salvação humana. A palavra é formada a partir de dois termos gregos Σοτεριος (Sotérios), que significa "salvação" e λογος (lógos), que significa “estudo”, “palavra”, “tratado” etc. Cada religião oferece um tipo diferente de salvação e possui sua própria soteriologia, algumas dão ênfase ao relacionamento do homem em unidade com Deus, outras dão ênfase ao aprimoramento do conhecimento humano como forma de se obter a salvação. O tema da soteriologia é a área da Teologia Sistemática que trata da doutrina da salvação humana.
         No cristianismo a salvação é estabelecida através de Jesus Cristo. A soteriologia no cristianismo estuda como Deus separa as pessoas condenadas pelo pecado e as reconcilia com Sigo mesmo. Os cristãos recebem o perdão dos pecados, vida e salvação adquiridos por Jesus Cristo; somente através de seu sofrimento inocente, morte e ressurreição (O sacrifício vicário). Esta graça da salvação é recebida sempre pela fé em Jesus Cristo, através da palavra de Deus. Alguns cristãos, simplificadamente, acreditam que a salvação é obtida a partir deles e da vontade de Deus (Sinergismo[2]), outros creem que a salvação parte da vontade absoluta de Deus e os homens pela fé são incapazes de resistirem (Monergismo[3]).

CAPÍTULO 1. A SALVAÇÃO PLANEJADA POR DEUS

1.1. A história da salvação planejada por antecipação:
ü  Antes de criar o homem (os anjos e todas as coisas) Deus sabia pela sua presciência que o homem cairia, lhe rejeitando e não o obedecendo, por isso, elaborou a sua redenção, eleição e predestinação para a salvação mesmo antes do mundo existir (Ef. 1:4-5);
ü  Deus criou o homem e os anjos moralmente livres e responsáveis; foram criados para adorá-lo e servi-lo espontaneamente (Cl. 1:16). Mesmo sabendo que eles se rebelariam contra a sua autoridade, Deus não desiste de fazê-los;
ü  Deus faz o homem e os anjos e deixa-os livres para escolher, tomar decisões e responder por elas;
ü  Deus prevê os acontecimentos com base nas decisões de cada criatura e não pela forma determinada por Ele. Pois Deus nos trata como seres livres, históricos e pensantes e não como andróides ou animais de intimação que são controlados à vontade de seus senhores;
ü  Deus é justo e sua justiça é eterna, quando o homem pecou este pela justiça divina foi condenado à morte física e espiritual (Rm. 3:16). Todavia, para evitar a morte eterna Deus já havia determinado na eternidade o plano salvífico que teve como executor Jesus Cristo (Ap. 13:8; Jo. 1:29);
ü  Os anjos decaídos não contemplaram este plano divino de salvação, porque pecaram na eternidade e escolheram a perdição eterna por sua rebelião e deserção (2 Pe. 2:4; Jd. 6);
1.2.A salvação é a manifestação da graça[4] de Deus ela se manifesta das seguintes formas:
a)      Graça comum: é a graça que alcança todas as pessoas independentes de serem crentes ou eleitas, são os benefícios de Deus como prosperidade, chuva, sol, saúde e bênçãos de todas as naturezas dadas aos ímpios, pagãos e crentes sem distinção;
b)     Graça salvadora ou especial (Tt. 2:11-12): é a graça universal que Deus oferece a todos os homens decaídos e pecadores para a sua salvação e vida eterna mediante a fé em Jesus Cristo. Esta graça salva, regenera, transforma e revitaliza aqueles que aceitam o plano divino, contudo, o homem pode por livre arbítrio rejeitá-la. Porém, para aqueles que a rejeitam não há mais nenhum outro plano salvífico a não ser a graça salvadora e universal de Deus (Hb. 10:26);

CAPÍTULO 2. A DOUTRINA DA ELEIÇÃO (ROSA, 2008)

·         Muito se tem discutido a respeito da doutrina da eleição humana ao longo dos séculos, pois na eleição para a salvação Deus elege a quem mesmo? São somente algumas pessoas, ou todas as pessoas foram escolhidas para a salvação? Deus elege o ser humano para ser salvo antes de fazê-lo ou depois que ele peca? Através da palavra de Deus podemos chegar a essas respostas, homens como Agostinho, Tomás de Aquino, Lutero, Calvino e Jacó Armínio desenvolveram vários argumentos a respeito da eleição do homem que até hoje dividem opiniões no ceio da Igreja de Cristo.
a)      A base da doutrina da eleição: é o ato de Deus em graça, pelo sacrifício de Jesus Cristo salvar todos aqueles que o aceitariam como salvador, mesmo antes de criá-los, pois Deus sabia da queda moral do homem antes dele existir. O homem caiu pela liberdade que Deus o deu de escolher obedecer ou não, essa queda causa morte física, espiritual e eterna se o homem rejeitar o plano da eleição divina (Rm. 3:23-26);
b)     Tipos de eleição: Deus escolhe algumas pessoas para a salvação ou ele escolheu todos aqueles que quiserem ser salvos? (Rm. 8:29-30; 1Pe. 1:2; Ef. 1:4; Cl. 3:12):
       I.            Corrente Calvinista, a eleição incondicional:
ü  João Calvino afirma que sendo Deus soberano resolve escolher algumas pessoas para serem salvas pela sua graça amorosa, visto que nenhum homem após a queda tinha direito a salvação e a esta graça salvadora;
ü  Com base em Rm. 9: 6-24; Calvino ensinava que Deus escolheu quem Ele quis para salvar e foi por estes escolhidos que Jesus morreu, portanto Cristo não morreu pela humanidade, mas somente pelos eleitos;
ü  Os escolhidos por Deus mesmo que não queiram a graça e o plano salvífico, serão salvos assim mesmo, pois não é escolha sua, mas de Deus. Deus os leva ao arrependimento conduzindo-os irresistivelmente à salvação;
ü  Para Calvino não há participação do pecador em sua salvação, tudo depende de Deus, pois o homem após a queda perdeu o livre-arbítrio em relação as questões espirituais, não pode responder ao chamado da salvação, não pode escolher o bem e rejeitar o mal, sua eleição é totalmente ação divina.
    II.            Corrente arminianista ou eleição condicional:
ü  Jacó Armínio discordava da visão de Calvino em relação à eleição, para ele Deus nos elegeu antes da fundação do mundo (Ef. 1:4);
ü  Qualquer ser humano pode ser salvo, a salvação é de iniciativa divina, mas ao homem cabe a decisão de querer ou não;
ü  Os seres humanos são naturalmente incapazes de fazer qualquer esforço para a salvação, ela só é possível pela graça de Deus, a qual não pode ser merecida;
ü  Nenhuma obra de esforço humano pode causar ou contribuir para a salvação. A eleição divina é condicional a fé no sacrifício e Senhorio de Jesus Cristo;
ü  expiação de Cristo foi feita em nome de todas as pessoas, portanto, Deus permite que sua graça seja resistida por aqueles que livremente rejeitam a Cristo;
ü  Os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão além da possibilidade de queda da graça através da persistência, sem o arrependimento do pecado.
 III.            Supralapsarismo – a eleição ocorrida antes da queda:
ü  Supralapsarismo: do latim “supra”, “antes” e “lapsus”; “lapso” “queda”, de acordo com esta posição o decreto da eleição teria ocorrido “antes” da queda;
ü  Doutrina oriunda do calvinismo criada por Teodoro Beza (1564) é uma teoria conhecida como dupla predestinação que acredita ter Deus eleito antes da fundação do mundo algumas pessoas para salvação e o restante para perdição;
 IV.            Inflapsarismo – A eleição ocorrida depois da queda:
ü  Inflapsarismo: do latim “infla”, “depois” e “lapsus” “queda”, doutrina de origem calvinista também, o decreto divino de eleição só ocorreu depois do pecado adâmico;
ü  A eleição e a reprovação para salvação são consequência do pecado adâmico, ou seja, Deus passa a escolher quem é salvo e quem é condenado;
ü   Após a queda, o homem perde o livre-arbítrio ficando incapaz de decidir alguma coisa sobre sua salvação;
ü  Assim toda obra salvífica é de inteira ação sobrenatural de Deus sem decisão alguma do ser humano;
ü  Esta doutrina é a mais apreciada pelos calvinistas da atualidade.
    V.            No que cremos:
ü  A eleição para salvação é uma verdade bíblica e cremos ser a eleição algo planejado condicionalmente antes da criação da humanidade (IPe. 1:2);
ü  Defendemos a posição arminianista, segundo a qual o homem foi escolhido para salvação antes da queda, portanto, pela presciência de Deus todos os seres humanos que aceitarem o plano salvífico serão salvos, pois já estavam eleitos;
ü  O homem após receber o chamado para a salvação pode rejeitá-lo ou aceitá-lo visto não ter perdido o livre-árbitro após a queda;
ü  Uma vez que o ser humano aceita o plano salvífico pela fé, ele pode cooperar com Deus na sua salvação, visto que não deixará de ser pecador (Rm. 7:15-20), mas deixará de pecar deliberadamente (1ª Jo. 1: 8-10; 2:1-2).

CAPÍTULO 3. PREDESTINAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO (ROSA, 2008)

ü  A doutrina da predestinação é bíblica e foi revelada ao apostolo Paulo por Deus e está presente em várias de suas epístolas;
ü  Agostinho insere essa doutrina em sua teologia em 354 d. C., quando discutia sobre a salvação do homem;
ü  João Calvino em 1530 sistematiza este ensino (a predestinação) bíblico transformando-o no assunto mais importante de sua teologia;
ü  Jacó Armínio (1560) discorda da teologia calvinista elaborando uma nova perspectiva (o livre-arbítrio) para a salvação o que ele entendeu ser a mais bíblica que a de Calvino;
I.                   A predestinação calvinista: sistematizada em cinco pontos, a saber:
1. Depravação total, todos os homens nascem totalmente depravados, incapazes de se salvar ou de escolher o bem em questões espirituais;
2. Eleição incondicional, Deus escolheu dentre todos os seres humanos decaídos um grande número de pecadores por graça pura, sem levar em conta qualquer mérito, obra ou fé prevista neles;
3.  Expiação limitada, Jesus Cristo morreu na cruz para pagar o preço do resgate somente dos eleitos;
4. Graça Irresistível, a Graça de Deus é irresistível para os eleitos, isto é, o Espírito Santo acaba convencendo e infundindo a fé salvadora neles;
5. Perseverança dos Santos, todos os eleitos vão perseverar na fé até o fim e chegar ao céu. Nenhum perderá a salvação.
II.                O livre-arbítrio Arminiano segue os seguintes princípios:
ü  Os seres humanos são naturalmente incapazes de fazer qualquer esforço para a salvação;
ü  A salvação só é possível pela graça de Deus, a qual não pode ser merecida;
ü  Nenhuma obra de esforço humano pode causar ou contribuir para a salvação;
ü  eleição divina é condicional a fé no sacrifício e Senhorio de Jesus Cristo;
ü  expiação de Cristo foi feita em nome de todas as pessoas;
ü  Deus permite que sua graça seja resistida por aqueles que livremente rejeitam a Cristo;
ü  Os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão além da possibilidade de queda da graça através da persistência, sem o arrependimento do pecado.

CAPÍTULO 4. A APLICAÇÃO DA SALVAÇÃO NO HOMEM (ROSA, 2008)
&
CAPÍTULO 5. O PROCESO PRÁTICO DA SALVAÇÃO (ROSA, 2008)
Vide Rosa (2008), das páginas 183 a 197. São todos assuntos amplamente debatidos durante o curso.
Professor Nilton Carvalho é Historiador, Especialista em Educação e Hebraico Bíblico pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Pesquisador sobre Ensino Religioso no Brasil, Teólogo e mestrando em Ciências da Religião. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS USADAS DURANTE O CURSO

GREGÓRIO; Sérgio Biagi. Dicionário Enciclopédico Sérgio Biagi Gregório; disponível em: http://sites.google.com/site/dicionarioenciclopedico/panteismo; acesso em 07/05/2011.
GRUDEM; Wayne. Teologia Sistemática. Vida Nova: São Paulo, SP; 1999.
INSTITUTO, apologético Cristo Salva, disponível em: http://iacs33.blogspot.com/2008/07/dessa-forma-que-uma-das-pginas-do-site.html; acesso em 11/05/2011.
JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. 2. ed. 1. reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
PLENITUDE, Bíblia de Estudo. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001.
REYMOND, Robert L. A New Systematic Theology of the Christian Faith. Nashville: Thomas Nelson Publishers: USA, 1998.
ROSA, Isaías. Teologia Sistemática – O estudo das Doutrinas Bíblicas. Pindamonhangaba – SP. IBAD, 2008.
RYRIE, Charles C., A Bíblia Anotada: edição expandida. Ed. Revista e expandida, São Paulo – SP: Mundo Cristão; Barueri, SP; Sociedade Bíblica do Brasil, 2007.
SILVA, José Américo Seixas. Dr. Professor. In. Psiquiatria forense, 2004. Disponível em: http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=35&sec=78 acesso em 26/05/2011.
STRONG, Augustus. Teologia sistemática. Vol. 1. Trad. Augusti Victoriano, São Paulo, SP. Hagnos, 2002.
WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. A Fé: disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9; acesso em 07/05/2011


[1] Feedback: (retorno de informação ou, simplesmente, retorno) é o procedimento que consiste no provimento de informação a uma pessoa sobre o desempenho, conduta, eventualidade, ação executada por esta, objetivando o ensino-aprendizagem, orientar, reorientar, estimular uma ou mais ações de melhoria, sobre as ações futuras ou executadas anteriormente. No processo de desenvolvimento da competência interpessoal o feedback é um importante recurso porque permite que nos vejamos como somos vistos pelos outros. É ainda, uma atividade executada com a finalidade de maximizar o desempenho e a aprendizagem de um indivíduo ou de um grupo. Processualmente, é oriundo de uma avaliação de monitoria, no nosso caso especifico, é sempre retornar ao assunto estudado com o objeto de memorização e maximização do ensino-aprendizado do conceito de Teologia Sistemática (Nota do Professor).

[2] Sinergia ou sinergismo: deriva do grego synergía, cooperação: sýn, juntamente com érgon, trabalho. É definida como o efeito ativo e retroativo do trabalho ou esforço coordenado de vários subsistemas na realização de uma tarefa complexa ou função. O Sinergismo significa na teologia cristã a teoria de que o homem tem algum grau de participação na salvação, ou seja, é responsável pela sua salvação ou perdição. Os pais da igreja grega dos primeiros séculos do cristianismo e muitos dos teólogos católicos medievais eram sinergistas. Philip Melanchthon, companheiro de Lutero na reforma alemã, era sinergista, embora o próprio Lutero não fosse (Nota do professor inspirado em fonte da: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinergismo & http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinergia acesso em 27/05/2011).
[3] Monergismo: O oposto do Sinergismo. O monergismo, corresponde à teoria de que o homem não tem nenhuma responsabilidade em sua própria salvação, sendo salvo ou condenado exclusivamente pela decisão soberana de Deus. Monergismo significa na teologia cristã a teoria de que o Espírito Santo sozinho pode atuar num ser humano e propiciar a conversão. Em uma manifestação simplificada o monergismo afirma que a salvação emana toda ela de Deus, opondo-se ao sinergismo, o qual afirma que Deus atua parcialmente e que a totalidade da salvação também depende da vontade de cada ser humano para completar a obra divina e com isso unir-se a Deus de maneira deliberada. Segundo o monergismo a um pecador é concedido o perdão quando da morte de Jesus e por isso estaria implícita a comunhão com o Cristo, e a fé em Jesus pelo Espírito Santo. Assim, para uns a santificação viria instantaneamente, ou para outros como algo progressivo. Mas segundo o monergismo a santificação advém inteiramente de Deus, dentro do conceito de graça irresistível (Nota do professor inspirado em fonte da: http://pt.wikipedia.org/wiki/Monergismo & http://monergismo.com/ acesso em 27/05/2011).

[4] Graça: conceito teológico fortemente enraizado no Judaísmo e no Cristianismo, definido como um dom gratuito e sobrenatural dado por Deus para conceder à humanidade todos os bens necessários à sua existência e à sua salvação. Esta dádiva é motivada unicamente pela misericórdia e amor de Deus à humanidade, logo, movida por Sua iniciativa própria para redimir a humanidade, ainda que seja em resposta a algum pedido a Ele dirigido por qualquer ser humano. E também por esta razão, a Graça é um favor imerecido pelo Homem, mas sim fruto da misericórdia e amor divinos. Dependendo das correntes teológicas cristãs, existem aqueles que defendem que a graça é irresistível; outros que a graça é somente para algumas pessoas escolhidas e totalmente predestinadas por Deus; e há ainda aqueles que acreditam que a graça é universal (ou seja, predestinada para toda a humanidade), mas que pode ser recusada livremente pelo Homem. O Novo Testamento alarga a perspectiva e a graça se torna vocação. Os termos gregos usados para indicar graça são eleos [heb. דסה; Hesed: bondade] (Romanos 9,15-18) e charis [heb. ןה; Hen: favor] (1Coríntios 1,4). Nesses dois vocábulos estão presentes os dois significados básicos presentes no Antigo Testamento: favor, bondade ou atitude de misericórdia de Deus para com os homens. É nas cartas paulinas aonde o conceito de graça vem desenvolvido em forma eloquente Paulo é o grande interprete da mente divina sobre este grande mistério revelado à humanidade (Nota do professor com adaptações das seguintes fontes: http://www.abiblia.org/ver.php?id=617&id_autor=2&id_utente=&caso=perguntas & http://pt.wikipedia.org/wiki/Gra%C3%A7a acesso em 29/05/2011).

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